Porque eu fotografo

A fotografia está comigo desde que eu me entendo por gente. Minha mãe sempre andava com aquelas câmeras portáteis e me fotografava na frente de todo pé de planta que ela achava bonito.

Aos cinco anos fui modelo e a pior experiência de todas foi a parte fotográfica. Até hoje tenho as fotos da minha cara de quem parecia estar com dor de barriga, mas que na verdade era o meu “sorriso” quando alguém me fazia sorrir forçadamente. Menos um ponto pra fotografia.

Fui crescendo e meu interesse por fotografia foi aumentando. Eu passava horas e horas todos os dias olhando o flickr, conhecendo diferentes categorias, estilos de foto e edição, sempre gostava de tirar fotos de outras pessoas com a minha Sony cybershot guerreira e até cheguei a ouvir que eu “levava jeito”. Até que, aos quinze anos, perdi grande parte do tempo da minha festa de aniversário parada em frente às luzes artificiais e quentes, sorrindo – de novo – forçadamente. Lembro de reclamar que “já tava bom de foto”, querer parar e curtir com os meus amigos, que estavam todos se divertindo enquanto eu estava lá sendo fotografada. No fim, tenho várias fotos protocolares minhas e quase nenhuma na festa, me divertindo, e hoje sinto muita falta disso. Outro ponto a menos, né?

Aquilo mudou a minha visão sobre a fotografia.

Eu sabia que não precisava ser chato e cansativo como foi pra mim. E com a vontade de fugir disso e de proporcionar às pessoas uma experiência diferente da que eu tive, aos dezesseis anos (um bebê!), onze anos atrás, consegui convencer o meu pai a me matricular no meu primeiro curso e investir na minha primeira câmera, uma Nikon D3100 (que acabou sendo mais guerreira que a cybershot!), ciente do esforço que ele precisaria fazer pra me proporcionar tanto, mas mais ciente ainda de que eu estava certa do caminho que eu queria seguir.

Minhas coisas favoritas no mundo

Acordar com calma e viver o começo do dia de forma lenta: com minha xícara de café com leite – mais leite que café, na verdade – na mão, pegando o solzinho que entra pela janela da sala enquanto leio as notícias, de preferência no silêncio.

Posso passar um dia inteiro sentada na frente do computador lendo, jogando, pesquisando mil coisas aleatórias que minha cabeça de pessoa curiosa acha que precisa aprender e ouvindo uma das minhas muitas playlists (e quando digo “muitas” é porque são mais de quarenta, pois tenho uma pra cada momento da vida).

Sou mais do dia do que da noite, gosto de sair cedo pra voltar cedo e na hora em que as pessoas estão começando a se divertir, eu tô indo dormir.

Amo o ar livre, seja praia, campo, floresta ou interior e posso passar um período impressionante de tempo sozinha e em silêncio sem nem sentir, porque gosto bastante disso. Mas se eu estiver com pessoas de quem gosto e com quem me sinto à vontade, senta que lá vem a história e pode se preparar porque a tagarela mal respira de tanto que fala.

Gosto de filmes e séries de fantasia e ficção, já assisti a todos os romances/dramas de época da Netflix e quando ninguém tá olhando assisto anime 😂

Tenho duas cachorrinhas: Laika, uma senhorinha rabugenta de 15 aninhos e Pérola, um clássico cachorro babão que não tem noção do seu próprio tamanho e abana o rabo até pra quem ela não conhece. Tenho também dois gatos: Naruto e Sakura, que bagunçam minhas coisas, correm pra lá e pra cá atrás de mim e passam o dia inteiro brincando de “UFC gato”, e você muito provavelmente vai ouvir falar em um deles (ou nos quatro de uma vez!)